EDITORIAL
Costuma dizer-se que a vida são dois dias e o Carnaval são três. Provérbios à parte, o quotidiano dos portugueses foi assolado por um espírito de brincadeira e descontracção que permitiu, por momentos, esquecer as dificuldades sentidas. Estamos cada vez mais próximos da realidade das sociedades extasiadas que se refugiam no carnaval, futebol e novelas para evadir dos problemas reais, o que não é necessariamente bom. O concelho não escapa aos problemas de empregabilidade e precariedade social sentidos no país mas felizmente a autarquia tem demonstrado sensibilidade às dificuldades sentidas pelos munícipes e tem vindo a apresentar medidas de apoio à comunidade, empresas e jovens com vista a contrariar a tendência negativa da economia. Mas será este esforço suficiente para atenuar a forte pressão nacional e estrangeira sobre Portugal? Isso não sabemos mas é crucial que os portugueses compreendam o seu papel na sociedade e não se limitem a empurrar responsabilidades para os governantes, local e central. Num momento em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, é fundamental que estejamos unidos no momento de ruptura e reconstrução de uma sociedade mais igualitária para jovens, adultos e seniores. Se cada um desempenhar o seu papel na sociedade, sem esquecer quem os criou e quem lhes proporcionou os estudos, é possível encontrar um lugar e uma função para todos na sociedade dita desenvolvida.