sexta-feira, 20 de março de 2009

Taça de Portugal feminina; Vagos- Algés na meia-final

A cidade de Évora vai ser durante este fim-de-semana o centro de todas as atenções do basquetebol feminino nacional, com a realização da XLII edição da Taça de Portugal. Na belíssima Arena D´Évora quatro equipas, Algés, Boa Viagem, Olivais e Vagos, vão lutar pela conquista do troféu.
Na primeira meia-final de sábado,às 15 horas, teremos uma reedição da final da época passada, entre o actual detentor do troféu, o Vagos e, o finalista vencido, o Algés.
«Queremos reconquistar a taça»
A capitã de equipa do conjunto do Vagos, Paula Seabra assume o desejo de voltar a reconquistar a Taça, enquanto que do outro lado a algesina Natália André prefere pensar jogo a jogo, sendo que este, diante do Vagos, é como de uma final se tratasse. Para Paula Seabra o sorteio correspondeu aos seus anseios. “Não queria defrontar o Olivais na meia-final, queremos vencer-lhes e desejamos que esse triunfo valha a conquista de uma Taça. Por isso esperamos por elas na final.” Com uma vitória para cada equipa durante o campeonato, o último confronto entre ambas traduziu-se numa clara vitória para as vaguenses, a actuar perante o seu público, por 23 pontos de diferença. “São duas equipas que aproveitam o factor casa ao máximo. Em Algés fizemos um jogo incaracterístico. Tínhamos jogado na véspera com o ESSA e num pavilhão com condições invulgares (aquecimento), a nossa rotina alterou-se e acabamos por fazer um mau jogo”, considera. E prossegue: “A nossa equipa tem muito mais valor, rotatividade e mesmo individualmente somos melhores que o nosso adversário, com jogadoras jovens com muito potencial. Em casa, a jogar com o apoio dos nossos adeptos, motivadas, estáveis e fortes não demos qualquer hipótese a um Algés que se apresentou muito débil fora do seu recinto. De qualquer forma, a diferença pontual do último confronto não corresponde há real valia dos dois conjuntos.” Quanto a favoritismos, Paula só tem uma certeza: “Não sei se existem favoritos, mas que nós vamos assumir esse favoritismo não tenho dúvidas! Queremos reconquistar esta Taça e temos os jogos preparados para que isso aconteça. O Algés tem um problema chamado Clarissa dos Santos, que reforçou a nossa equipa em Dezembro e que acabou por ser o factor desequilibrador na alteração do resultado verificado entre as duas equipas na 1ª volta do campeonato. Para além da base Carla Nascimento e da brasileira Fernanda Beling, que também têm demonstrado porque fazem parte do grupo das melhores jogadoras a militar nesta Liga.” O grupo atravessa um bom momento e está preparado, na opinião de Seabra, para repetir a proeza da época passada. “Acima de tudo encontramo-nos muito fortes, motivadas e concentradas num único objectivo – a reconquista”, refere, aproveitando ainda para referir que a equipa dá “muito valor a esta competição e a tudo que ela nos deu, nomeadamente o acesso às competições europeias.” Estamos serenas e certas que iremos tirar a Taça da carrinha por apenas umas horas, pois voltaremos com ela para casa!”
«Equipas muito equilibradas»
Ao contrário da sua opositora a capitã algesina Natália André não tinha preferências no sorteio. “As equipas são todas muito equilibradas pelo que não tinha preferência por nenhuma delas.” A última derrota sofrida diante do Vagos, a contar para o campeonato, é encarada por Natália como um mero acidente de percurso. “No jogo que perdemos por 23 pontos de diferença a nossa equipa ficou muito aquém daquilo que vale. Estávamos a atravessar uma de adaptação a uma nova forma de jogar (integração da nova poste estrangeira). Obviamente que isso não justifica uma derrota tão pesada. Cometemos muitos erros e a equipa do Vagos fez o que lhe competia, ou seja, aproveitou da melhor forma possível as nossas falhas. Não creio que esse jogo demonstre o nosso valor, mas serviu para estarmos cientes das nossas fragilidades e ainda mais alerta para as qualidades da equipa adversária.” “Pelo campeonato regular que têm feito, julgo existir um certo favoritismo em redor da equipa do Olivais” No entanto, Natália prefere jogar pelo seguro. “Como já referi anteriormente, as equipas são muito equilibradas e todas têm argumentos que justificam a conquista da Taça.” Consciente das limitações que o grupo tem, “Natas”, como é conhecida, pretende vencer a “final” de sábado. “A equipa está tranquila. Temos um plantel curto mas cheio de força e muito lutador. Estamos confiantes e motivadas para mais um desafio da época. Encaramos todos os encontros como ‘o’ jogo e este seguramente é, uma vez mais, ‘o’ jogo.”
Fonte: http://www.fpb.pt/
Gabinete Imprensa