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Dia um de Julho, há 39 anos, foi fundada a Brigada de Trânsito da GNR. Trinta e nove anos depois, antigos comandantes e oficiais juntaram-se num encontro de confraternização para relembrar a extinta Brigada, e mostrar que a luta continua.
Foi extinta a 31 de Dezembro do ano passado, mas nem por isso esquecida. A Brigada de Trânsito da GNR, que assinalaria a 1 de Julho 39 anos de existência, juntou cerca de cinquenta oficiais em Algés, num almoço de confraternização, para fazer ver ao mundo que a BT “continua viva e palpitante”, esclarece o Coronel Lourenço da Silva.
Este não representa, no entanto, “motivos para festa”, adianta. “Estamos muito tristes por a BT ter sido extinta, mas não morreu. Tem pujança para viver mais do que sete vidas, como os gatos”.
Há acções que estão a ser desenvolvidas pelos oficiais em situação de reforma ou de reserva, nomeadamente uma petição com perto de dez mil assinaturas que foi entregue na Assembleia da República, tendo já sido objecto de análise e de um relatório preliminar, aprovado por unanimidade e que será em breve discutido.
No encontro que reuniu cerca de 50 pessoas, o espírito da BT era visível, e é algo que é para continuar, adianta o Coronel Lourenço da Silva: “Já aconteceu o ano passado, e vai continuar. O espírito da Brigada perdura, e é esta alma que a BT tem que nos vai manter unidos. Somos uma família que se entende muito bem”.
Para o Tenente Daniel Figueiredo e para o Coronel Feijão, o almoço serviu para desenterrar memórias e gargalhadas.
Bem-disposto, Daniel Figueiredo não contém a emoção quando fala da ‘sua família’: “nasceu aqui um grupo, uma ligação que é difícil que morra, é uma união que nunca poderá acabar”, sublinha.
Pelos bons e maus momentos que viveu na Brigada de Trânsito da GNR, Daniel Figueiredo gostava que “a juventude criasse o elo que nós criámos, que cimentasse amizades como nós o fizemos”, e remata: “é uma família muito bonita”.