Em pleno século XXI vivemos uma crise social, económica e de valores sem precedentes. Os jovens de hoje são formados e esclarecidos, pequenas crianças crescidas que sabem de cor toda a teoria ministrada na escola. Saem de casa dos pais muito mais tarde (quando saem). Levam anos sem conseguir colocação na sua área de instrução e vêem-se obrigados a recorrer a outros empregos para, de alguma forma, conseguirem a tão desejada autonomia. A taxa de desemprego não pára de subir. Os seniores são despedidos porque sim e dificilmente conseguem recolocação. Os juniores ficam à espera por anos a fio na esperança de um dia terem uma oportunidade para vencer na vida. É este o cenário da sociedade moderna e desenvolvida no nosso país. Não há manifestação que dê vida ao silêncio dos suspeitos do costume. As massas calam e prosseguem com medo de represálias. Criam-se mudos sentimentos de um povo que pouco (ou mesmo nada) aprendeu com a história e não quer compreender que tudo é cíclico e se não for resolvido hoje, amanhã poderá ser tarde demais.