A questão da Escola 2,3 João Gonçalves Zarco, cujas coberturas feitas de fibras de amianto levou a que a Assembleia Municipal discutisse o tema na última reunião, já chegou à Assembleia da República.
Tudo começou com a transferência dos alunos das escolas do 1º ciclo Roberto Ivens e Pinheiro Chagas, que por falta de segurança foram encerradas na Cruz Quebrada-Dafundo, em Maio deste ano.
As crianças vão ser transferidas para a EB 2,3 João Gonçalves Zarco que, de acordo com o documento em que Ana Drago pede esclarecimentos ao Ministério da Educação, tem coberturas feitas de fibrocimento que contêm amianto.
A deputada do Bloco de Esquerda refere “preocupação com esta situação, acrescida do facto de nos últimos anos se terem verificado frequentes casos de tumores oncológicos em professores e funcionários”, situação que levou a que a Comissão Administrativa Provisória do Agrupamento das Escolas Zarco a “solicitar uma empresa especializada a realização de um diagnóstico à presença de amianto nas coberturas dos quatro pavilhões que compõe a Escola”.
Os resultados do diagnóstico apontam para “uma classificação de médio risco, recomendando a remoção das coberturas ou o seu isolamento”.
A deputada bloquista afirma que “considerando os riscos para a saúde pública devido à presença do amianto, não se compreende porque se decide transferir as crianças da Cruz Quebrada/Dafundo para esta escola. Além disso, deveria ser uma prioridade do Ministério e da Câmara Municipal a remoção ou isolamento das estruturas de fibrocimento que apresentam riscos elevados, evitando a exposição da população escolar”, acrescenta.
Ana Drago pede assim esclarecimentos ao Ministério da Educação sobre quais as “medidas urgentes” a ser tomadas, qual o tempo da resolução da questão, e se “existem mais escolas no concelho de Oeiras com coberturas de fibrocimento”.
Paulo Vistas, vice-presidente da CMO, adiantou, na última sessão da Assembleia Municipal, que a escola “não é responsabilidade nossa”, por pertencer ao segundo ciclo de ensino.