EDITORIAL
É nos momentos mais críticos da nossa vida que procuramos uma luz ao fundo do túnel e uma forma de dar a volta por cima das adversidades. As batalhas são cada vez mais duras, somos postos e expostos ao perigo com maior frequência. Se há alguns pares de anos sabíamos para onde caminhávamos, sonhávamos com os planos e projetos futuros, hoje tudo parece envolto numa névoa persistente que não desaparece. É comum questionarmo-nos sobre qual será o futuro dos nossos filhos, netos e sobre qual será o nosso próprio futuro. Obviamente que a resposta mágica a essa questão ninguém tem ainda que algumas pessoas arrisquem atirar hipóteses ao ar. Mas como se costuma dizer, “palavras leva-las o vento” e o que fica é a dura e cruel realidade. Somos assolados diariamente com mais imagens tenebrosas dos flagelos da fome e guerra, a par da miséria que atinge cada vez mais cidadãos em todo o mundo. Olhamos à nossa volta e não conseguimos enxergar o óbvio: o que hoje vimos refletidos na televisão, nos outros, no vizinho, no colega ou conhecido pode amanhã fazer parte das nossas vidas sem sequer termos feito nada para o provocar. Quem está verdadeiramente longe ou a salvo do infortúnio? Ninguém, diria o meu realismo. Apesar de não conseguirmos descobrir como será o dia de amanhã sem o experimentarmos, ouso dizer que a solução para os problemas e preocupações do quotidiano está dentro de cada um. É preciso ganhar coragem para arriscar e decidir o necessário na hora, sem esperar pelo momento certo, porque esse não sabemos quando chega e se passar poucos o veem.